Projeto 96

Shadowrun é um clássico rpg de mesa adaptado para snes, com história focada na cultura cyberpunk, ele trás ação, fantasia e uma trama instigante. Tradução realizada por DougRPG. Estou disponibilizando a rom com o patch de tradução já aplicado e com o emulador compatível com a mesma. (Por ela ter mais de 4mb, não roda em todos os emuladores) Espero que seja útil a todos. É baixar e jogar, boa diversão! DOWNLOAD

A naturalidade do dia a dia sendo registrada pode ser a forma mais potente de se montar uma narrativa dramática. Pessoas comuns são carregadas emocionalmente tanto quanto o personagem mais bem escrito da literatura ou cinema. The office traz toda a naturalidade que o espectador precisa para se sentir em casa, seu ambiente mesmo não sendo comum para todos, logo se torna familiar. Pouco a pouco as questões da existência humana são tratadas, muitas vezes inesperadamente. Entre piadas inteligentes, corporais e irracionais, se encontra tempo para discutir sobre relacionamento, prioridades da vida, crise de meia idade, racismo e por aí vai. Na versão UK de The Office, você não ficará tanto tempo com os personagens como na versão US, mas ela é sintetizada e entrega, emocionalmente, tanto quanto as 7 temporadas de sua refilmagem. Vi The Office US e foi inesquecível, é como se ver realmente a vida de gente que poderia estar morando próximo de você. Gente que ri, chora, ama e supera. Gente c...

Taxidermia conta a história de três gerações de uma família, apresar de suas histórias não serem diretamente relacionadas. Ainda não sei bem se existe uma mensagem por trás de toda essa caminha nojenta, desagradável e desgostante que é o longa do diretor húngaro Gyorgy Pálfi. Sem duvidas, obsessão é algo que está no cerne desse roteiro… Porém, boa parte do desenvolvimento dos personagens é baseada no visual. Cenas que demonstram a paixão do soldado pelo fogo ou as competições de comida do atleta, em que 70% dos diálogos são corridos enquanto eles vomitam em intervalos do campeonato. Diferente de outros filmes que apelam para o visual, esse, apesar de bem forte, não me venceu na categoria “Parar um tempo para respirar”.

Hidden, dirigido pelos Irmãos Duffer, é aparentemente só mais um filme de mundo pós-apocalíptico. O maior atrativo para o filme é justamente esse tema, não espere um embasamento muito profundo de mundo. Porém, de uma chance, ele tem um bocado a oferecer. Acompanhamos a história de uma família que vive em um abrigo nuclear, por conta de um desastre que pode ter destruído a raça humana. Começamos o filme no escuro e, gradativamente, vamos tendo acesso a informações e a termos usados pelos sobreviventes. Na primeira parte a filha do casal, chamada Zoe, nos faz conhecer cada parte do abrigo e os temores do que pode estar lá fora. Tudo enquanto ela quebra as 4 regras básicas para a sobrevivência deles naquele local o que torna, de certa forma, divertido. Entramos, logo após essa apresentação de ambiente e conceitos, no primeiro real conflito do filme. Um rato está roubando comida a muito tempo, o que desencadeará uma serie de acontecimentos que mostra a fragilidade da família. Enfim...

Na maior parte do tempo o filme é comum, sem nenhum destaque visual ou de direção criativa. Mas seu maior destaque é o roteiro cheio de reviravoltas e surpresas. Harry é um ex-policial que lutou ao lado dos aliados na segunda guerra mundial. Foi ativo na ocupação do Japão no pós-guerra e, com isso, deixando marcas no país estrangeiro que o levaria a voltar as terras asiáticas. Sua volta se dá por um problema de um amigo, George Tanner se envolveu com a Yakuza e acabou tendo a filha sequestrada por conta de uma venda de armas malsucedida. Harry, por conhecer um Yakuza, irmão de uma japonesa que ele se apaixonou e teve um romance durante a ocupação estadunidense, aceitou o pedido de ajuda e partiu em buscar de reencontrar as pessoas que não via a mais de vinte anos.

Pelo trailer, Ghost Story se vendeu melhor que pelo seu primeiro ato inteiro. Não a pressa na execução da história, com planos longuíssimos, em alguns momentos chegando a parecer que o filme havia travado na minha tela. (Realmente cheguei a checar) Nesse início é gastado tempo para mostrar o casal, nos fazer mais próximos deles, tentar passar o amor e carinho um para o outro. Fui fisgado pela cena, depois do barulho a noite, com eles na cama tentando se recuperar do susto. Das cenas longas, essa foi a que me prendeu o olhar e mente, eu me conectei. Algo que complementou e me segurou no filme, foi sua trilha sonora. Que composição bela, melancólica, ela dá movimento até para as cenas mais mortas e apáticas. Confesso que não seria difícil eu largar o filme se ele não tivesse esse ponto forte, por conta dessa decisão narrativa. Indo para a premissa.

Vi poucos filmes dirigidos e realizados no Oriente Médio. O que me vem à mente no momento é Taxi Teerã, que me agradou muito. Ser um artista de qualquer classe e nível em países em estado de guerra ou com governos opressores, torna louvável o esforço empenhado em realizar filmes nesses locais. Além desse ponto, tem uma certeza que levo comigo; você só entende de verdade o que já passou ou viveu de perto. Paradise Now conta a história de dois amigos de infância, moradores da Palestina, que são recrutados para um ato suicida contra Israel. O filme resolve começar no cotidiano dos amigos, no seu trabalho, momentos de lazer. E, ao mesmo tempo, nos dá noção de como é viver ali, cercados por militares, com recursos limitados, e ódio enraizado em cada canto. O ódio faz parte do dia a dia dos palestinos, é mostrada uma convivência comum com tal sentimento. Apesar do tema, o humor ainda tem seu espaço, e humaniza os dois rapazes.

Nacho Vigalondo, diretor e roteirista espanhol, já me surpreendeu com o controle de roteiro e criatividade no seu filme "Crimes Temporais" . Filme que lida com viagem no tempo e, se destrinchado, se mantem coerente a ponto de ser surpreendente para um tema complexo que pode facilmente sair dos trilhos. Infelizmente ele não conseguiu entregar tudo que se esperaria nesse filme. Mas sem dúvidas é uma ideia diferente e bastante estranha. Tokusatsu, Pacific Rim(?) e Avatar (lol) . Acho que não tenho bagagem suficiente para definir. Colossal conta a história de Gloria, desempregada, festeira, dependente do namorado (que não faz parte do mundo de balada dela) e o pior, possivelmente alcoólatra. Nós temos todas essas suas características mostradas na primeira sequência do filme, as vezes é tão simples apresentar um personagem. Mas a facilidade e concisão não mantiveram o nível com o avançar da história.

The Hunter nos trás uma sinopse muito simplória, mas mesmo assim instigante. Um mercenário é contratado para caçar o ultimo tigre da Tasmânia. Mas não se engane com a simplicidade da premissa, ela não revela todos os lados da história. O filme inicia nos apresentando o caçador, interpretado por Willem DeFoe, já mostrando um pouco da suas manias e costumes; um pequeno TOC com arrumação, ritual de mergulho no banho de banheira e a preferência por música clássica. Somos introduzidos rapidamente a ideia do filme, uma empresa governamental busca amostras do possível ultimo exemplar de um tigre da Tasmânia, e essa missão é dada ao caçador. Chegando ao seu local de estádia, ele se depara com uma situação estranha. Uma mãe aparentemente depressiva , que não sai da cama, e seus dois filhos que o recebem na casa. (Logo se revela que o pai está desaparecido). Apesar disso, ele se instala no quarto e parte para a cidade em busca de um dormitório mais apropriado. No bar local ele pede informaç...